domingo, 2 de fevereiro de 2014

Julia Lemmertz, a Helena de ‘Em família’, encontra atrizes que já viveram a protagonista criada por Manoel Carlos


 RIO — Christiane Torloni é a primeira a chegar à suite do Copacabana Palace para encontrar atrizes que, como ela, viveram Helenas nas novelas de Manoel Carlos: Vera Fischer, Maitê Proença, Taís Araújo e Julia Lemmertz, que ingressa no grupo amanhã, às 21h, com a estreia de “Em família" na Globo. 
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Quando Julia chega ao quarto do hotel, a euforia entre as Helenas (todas já estavam lá) é geral. “Você vai viajar para onde?”, quer saber Vera. “Só para Jacarepaguá mesmo (onde estão os estúdios do Projac)”, brinca Julia, que não foi a Viena, na Áustria, onde foram gravadas cenas iniciais da trama com parte do elenco.

Já com uma carga de gravações de mais de dez cenas por dia, a atriz diz que a trama tem um significado especial. Além de marcar sua estreia numa novela de Maneco, o folhetim é uma homenagem à sua mãe, a primeira Helena. E Julia será a última, já anunciou o autor.

Maneco e eu nos namorávamos há algum tempo, existia desejo, vontade de trabalhar juntos, mas os tempos não se encaixavam. Agora, chegou o momento que ele queria realmente encerrar um ciclo. A ideia de fazer a última Helena com uma ligação com a primeira tinha todo sentido. Minha mãe e eu de alguma forma unidas ali. É um trabalho cheio de significados tão profundos. O Maneco fala que está escrevendo um texto muito pessoal para mim, com conexão forte com a minha mãe. Foi o trabalho que ela mais gostou de fazer. É um ciclo, mas a gente nunca sabe, vai que ele resolve fazer outra última Helena — diz Julia, que revela ter encontrado todos os capítulos de “Baila comigo” intactos na casa de Lilian, após sua morte, em 1986, vítima de infarto. Segundo a atriz, sua Helena — vivida nas duas primeiras fases por Julia Dalavia e Bruna Marquezine, respectivamente — vai ser a soma de todas.

Ela é uma mulher de verdade, assim como as outras. Não é uma heroína que só tem atitudes certas. Ela se atrapalha, é injusta às vezes. É temperamental, guerreira, mas, de vez em quando, mete os pés pelas mãos em prol de defender um sentimento ou uma ideia, e acaba machucando os outros. É uma pessoa com contrastes e contradições. Maneco tem uma sensibilidade, uma propriedade para falar da mulher e de questões que às vezes intimamente só você sabe. Por isso que os grandes diálogos femininos é ele quem escreve. Ele gosta de escrever para mulher, entende a alma feminina.

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As desavenças vão ocorrer porque essa Helena esconde da filha um passado muito turbulento. Ela sofreu muito e ainda sofre calada por conta disso. E quando vê, o destino a bota cara a cara com o grande amor da sua vida. De repente, a filha, muito semelhante à Helena na juventude, conhece esse homem e se apaixona por ele — adianta Julia.
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Ao invés do tradicional xiisss, as atrizes dizem “Prada”, referência à grife italiana

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Fonte: O Globo - Cultura.






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