sábado, 10 de setembro de 2011

Julia Lemmertz: 'Não sei o que eu faria se não tivesse filhos'

Rio - Julia Lemmertz , 48 anos, está ruiva, pela primeira vez, para encarnar a estilista de moda praia Esther, em ‘Fina Estampa’, novela de Aguinaldo Silva. Casada com o empresário Paulo Buarque (Dan Stulbach), é uma mulher bem-sucedida, mas que ainda sonha ser mãe. Para isso, contará com a ajuda da médica Danielle Fraser (Renata Sorrah).

Na vida real, Julia tem em comum com Esther a carreira de sucesso: são mais de 80 trabalhos no currículo. Também tem um casamento sólido, de 18 anos, com o ator Alexandre Borges, 45. Mas diferentemente da personagem, ela é mãe de Luiza, 23, do relacionamento com Álvaro Osório, e de Miguel, 11, com Alexandre. “Não sei o que eu faria se não tivesse filhos”, diz a atriz, que, além da trama das 21h, está em cartaz com a peça ‘Deus da Carnificina’, em São Paulo. 

Fez laboratório para viver Esther?
“Visitei o ateliê da Lenny (Niemeyer, estilista carioca de moda praia), conversei com ela sobre o processo de criação, como ela pensa uma coleção, as inspirações, visitei os departamentos de costura, montagem de biquínis, cortes de tecido. Enfim, conheci um pouco do trabalho, mais para saber como se faz. Mas a Esther não tem nada a ver com a pessoa da Lenny, nem com a história dela”.

Se inspirou em alguém?
“Não particularmente, fui nas indicações do texto do Aguinaldo, no que ele quer contar com a história desse casal”.

A Esther não pode gerar um filho e não quer ser apenas uma barriga de aluguel. Adotar seria uma boa opção para ela?

“Ela não quer lançar mão de uma barriga de aluguel, a princípio, quer muito ter a experiência da maternidade, a barriga crescendo, o parto, amamentar é o sonho dela. Adoção seria opção se ela só tivesse o sonho de criar uma criança. Acho que ela vai além”.

Você adotaria?
“Se ainda tivesse o desejo de criar mais filhos, sim. Mas estou feliz com os meus que já estão crescidos. A fase da minha vida agora é outra”.

O que acha das mulheres que priorizam a profissão e deixam para ser mães quando mais velhas?
“Acho que tem a realização profissional. É preciso encontrar o parceiro certo, existem várias questões, e a medicina ajuda nisso, com os tratamentos e exames mais detalhados. Você pode ter o primeiro filho mais tarde, cada um tem o seu tempo”.

Qual sua opinião sobre aborto?
“É uma questão de livre-arbítrio. Não é certo nem errado, cada um sabe de si. Quem sofreu violência sexual, por exemplo, e que não quer ter aquele filho? Devia ser lei a mulher não ser obrigada a ter um filho gerado em um ato de violência, não faz sentido. Por outro lado, acho que o aborto não legalizado leva as pessoas a cometerem loucuras, gente morre por fazer a coisa de forma errada. E também pode trazer traumas enormes para o resto da vida. É uma questão delicada, assim como a legalização das drogas. Posso ter uma opinião formada, mas acho delicado falar sobre isso para não parecer leviana”.

O que faz para manter a forma?
“Não tenho feito nada. Minha malhação tem sido o teatro, novela e cuidar de casa. Tenho uma alimentação legal porque gosto, não por obrigação. Sou vegetariana e sei o que me faz bem. Chega uma certa idade que você sabe o que te engorda, sabe que não pode mais comer a quantidade que comia antes”.

Faz algum tratamento estético?
“Tenho uma dermatologista que pega no meu pé com a questão do filtro solar. Mas tento ser saudável sem neuras”.

Gostou do novo visual?
“Agora estou conseguindo conviver com isso, mas demorei um pouco para me adaptar, porque tem todo um jeito de fazer o cabelo. Estou um pouco escrava do visual. Cabelo ruivo tem que pintar com mais frequência. Nunca tinha pintado, sempre passei tonalizante. Mas, graças a Deus, tenho uma tinturista que é uma santa criatura, a Elza Pontes, mestre em mudar a cor do cabelo sem detoná-lo. Tenho que tingir de 15 em 15 dias”.

O que o Alexandre achou de ter uma mulher ruiva?
“A gente não tem muito tempo para conversar sobre isso, porque foi tudo muito rápido. Mas acho que curtiu. Pelo menos, não reclamou”.

E seu filho, Miguel?
“Ele fica espantado, de repente chega uma mãe nova em casa... Mas achou bacana”.

Luiza, sua filha, também optou pela carreira de atriz. Acredita que você e o Alexandre a influenciaram?

“Sim, é quase a mesma coisa de uma família de médicos, que os filhos seguem a mesma carreira. É quase impossível não influenciar. A Luiza foi testando, começou fazendo Filosofia, depois foi morar em São Paulo. Fez Artes Cênicas e participou do grupo Oficina. Acho que ela sabe onde está se metendo e que a profissão não é ‘bolinho’. Mas já que é o que ela quer fazer, tem que se exercitar . Em outubro, Luiza estreia a peça ‘O Libertino’, dirigida por Jô Soares, em São Paulo. Eu tenho fé nela”.


Fonte: O Dia - Diversão Online

Um comentário:

  1. Oi é que eu mudei o link do blog não é mais aquele é esse aqui http://fc-ohdieckmann.blogspot.com/

    ResponderExcluir